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Como viver mais do que a genética permite? Resposta é o estilo de vida

Você sabia que seus genes também influenciam quanto tempo você vai viver? Algumas pessoas têm uma predisposição genética para viver mais, mas outras não têm essa sorte. No entanto, parece que é possível driblar os genes da vida mais curta compensando com hábitos saudáveis. É o que indica um novo estudo.

Para investigar a relação, pesquisadores analisaram dados de 353.742 adultos participantes do Biobank do Reino Unido, recrutados entre 2006 e 2010, e acompanharam sua saúde até 2021. A pesquisa visa entender se os efeitos negativos de uma predisposição genética podem ser atenuados ou superados por práticas de vida saudáveis.

A expectativa de vida relacionada aos genes é medida pelo escore de risco poligênico (PRS), o qual sintetiza várias variantes genéticas para determinar a tendência de uma pessoa para viver mais ou menos tempo. Por outro lado, a avaliação do estilo de vida, engloba hábitos como fumar, consumir álcool, qualidade da dieta, padrões de sono e níveis de atividade física.

  • Os participantes foram divididos em três grupos considerando o PRS: aqueles com predisposição genética para uma vida longa, intermediária e curta.
  • Também foram categorizados por estilo de vida, favorável, intermediário e desfavorável.
  • As pessoas com os genes da vida curta tinham 21% mais chances de morrer precocemente, independentemente de seu estilo de vida.
  • Da mesma forma, os participantes com um estilo de vida desfavorável apresentavam uma probabilidade de 78%, independentemente de sua predisposição genética.
  • Quem tinha um risco genético de vida curta e hábitos desfavoráveis tinha o dobro de chances de morrer do que aqueles com a genética da longevidade e estilo de vida saudável.

Leia mais:

Estilo de vida compensa a genética

Os resultados do estudo sugerem que um estilo de vida saudável pode compensar parte do risco genético de vida curta ou morte prematura, em até 62%. Adotar medidas de estilo de vida saudável desde cedo pode prolongar a expectativa de vida de pessoas com alto risco genético em cerca de 5,5 anos aos 40 anos.

Este estudo é apenas observacional e não define causa e efeito, mas os pesquisadores já acreditam que mudar os hábitos da população pode prolongar nossa estadia neste universo.

As políticas de saúde pública para melhorar estilos de vida saudáveis serviriam como complementos potentes aos cuidados de saúde convencionais e mitigariam a influência dos fatores genéticos na esperança de vida humana

Trecho do artigo científico publicado na BMJ Evidence-Based Medicine.



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